terça-feira, 7 de abril de 2009

Do feudalismo ao capitalismo


O capitalismo vai nascer e se desenvolver exatamente dentro do feudalismo.

O feudalismo nasceu depois que o império Romano acabou por causa das invasões bárbaras.

A sociedade feudal era bastante rural. O trabalho na agricultura era pesado e cansativo, mas os trabalhadores camponeses ficavam com poucos frutos. As terras pertenciam aos nobres. Os nobres, também chamados de senhores feudais, não trabalhavam. Os servos não eram escravos, pois não pertenciam aos nobres. Os camponeses servos tinham direito a usar um pedaço de terra do feudo para si e para criar alguns animais, acabaram ficando com apenas uma parte do que haviam produzido, pois deviam muitas obrigações feudais ao nobre. O feudo era antes de tudo uma grande propriedade rural, um latifúndio. O trabalho era todo realizado pelos servos. A economia do feudo tendia a ser de substâncias produzidas apenas para sobrevivência das pessoas que viviam nele.

Cada um deles era um mini mundo isolado, com suas próprias leis, cobranças de impostos, força armada. O rei, portanto, não passava de um grande nobre com pouca autoridade, além do próprio feudo. Um grande chefe vencedor das guerras distribuía as terras conquistadas para seus auxiliares mais próximos, que assim se tornavam seus vassalos. Os vassalos tinham obrigação de dar apoio militar ao seu suserano, os vassalos também podiam distribuir parte de suas terras.

A igreja católica era extremamente poderosa. A igreja e os nobres pertenciam à mesma classe dominante, a dos senhores feudais.

A igreja era fonte de lazer. Tinha um papel importante na política, ela era aliada dos senhores feudais e muitas das idéias que defendiam, serviam para que as pessoas se tornassem obedientes dos nobres.

Descobertas tecnológicas permitiam o crescimento da produção, isso resultou a mais comida e bebida, estimulou o crescimento da população. O efeito também foi inverso: mais gente, mais produção, mais desenvolvimento econômico. Muitos feudos começaram a produzir excedentes, então, começaram a vender esse excedente e com o dinheiro obtido, compravam outras coisas, vinda de outras regiões. Os comerciantes eram das feiras medievais, algumas dessas feiras ficavam importantes e se tornavam permanentes que deu origem as cidades, muitas cidades tinham se tornado grandes e ricas o bastante para se libertar dos senhores feudais e obter plena autonomia, as cidades medievais, cercadas de muralhas de proteção, tinham o nome de burgos.

O comércio visava principalmente a troca, os novos comerciantes tinham uma vida autônoma em relação ao feudalismo.

O desenvolvimento do comércio resultou na maior importância do uso do dinheiro. É incorreto afirmar que a partir das transformações do século XI e XII, o capitalismo começou a se estabelecer na Europa. Relações capitalistas estavam nascendo e se desenvolvendo em alguns lugares.

As idéias das santas cruzadas era massacrar os árabes mulçumanos que ocupavam Jerusalém. As cruzadas foram um exemplo de que o homem medieval era capaz de se meter em aventuras militares por motivos religiosos, eles só se tornaram possíveis graças ao desenvolvimento econômico. As cruzadas eram guerras de pilhagem e de conquista de terra. No final os árabes levaram a melhor nas guerras. Um único comércio se desenvolveu entre eles.

O aumento da produção agrícola tinha vindo principalmente no desbravamento das novas terras.

O comércio levou para a Europa tapetes, porcelanas, especiarias e a Peste Negra, que fez faltar mão-de-obra nos feudos.

Aumentou o número de tributos sobre os pobres, então estouraram muitas rebeliões camponesas. As mais famosas foram as Jacqueiries. Os camponeses invadiam os castelos e tomavam tudo que podiam, depois dividiam entre si as terras do senhor feudal.

Apesar de a maioria da população ainda morar no campo e estar submetida a tributos feudais, apesar de a nobreza continuar a ser a classe dominante, as relações capitalistas já se desenvolviam vigorosamente no interior da sociedade feudal. É o período de transição do feudalismo para o capitalismo.

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